segunda-feira, 6 de abril de 2009

Férias

Nas minhas férias, que começaram em setembro de 2008 (quando cheguei dos EUA) e terminaram em março de 2009 (quando começaram minhas aulas), eu tentei ler bastante coisa que me colocasse de volta na realidade universitária. Precisava saber qual era a situação econômica brasileira, reler macroeconomia, achar um novo tema para minha monografia, fora isso, tinha que terminar meu curso de inglês, achar um novo lugar para morar em 2009 e rever os amigos. Fiz tudo que podia.
Tudo estava resolvido em meados de dezembro e assim fui para a casa da minha mãe passar as festas de fim de ano. Um belo dia ela (minha mãe) veio com um livro falando que gostaria que eu lesse, falei: Tudo bem!
O livro que ela sugeriu foi: "O Segredo". Olhei a capa do livro e achei bem legal, pensei: Deve ser parecido com aquele filme "A lenda do tesouro perdido"! E comecei a ler o livro. Quando eu cheguei na página 19 eu já sabia o segredo do livro, estava odiando aquele monte de frases e depoimento "engana trouxa". Era o pior livro de auto-ajuda que eu já tinha segurado.
Pensei que talvez a culpa fosse minha por ter pensado que o livro não era de auto-ajuda e estava desapontado, refleti um pouco mais e cheguei a conclusão que a culpa era do livro mesmo, literalmente!
Não há história nenhuma, exceto a da autora, que passou por uma crise que resultou numa suposta descoberta de "o segredo" da vida, o livro tenta deixar claro que "nós somos deus" e, portanto, criamos a nossa vida, como se todo o mal do mundo fosse causado simplesmente porque eu não pensei positivo.
Eu teria que renunciar a minha personalidade cética, abrir mão dos vários pontos de vista que eu tenho sobre tudo num estalar de dedos e pensar de uma forma totalmente egocêntrica.
Parei de ler na página 19 mesmo, falei pra minha mãe que não conseguia mais e fui ler outra coisa, fui até a banca e comprei um gibi, li inteiro em poucos minutos. Não queria entrar em comparações entre gibi e livro, porque a diferença é enorme, mas se livro é cultura, aquele gibi comparado ao "O Segredo" é a biblioteca de Alexandria.

Fica minha indicação: Não leiam "O Segredo".

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