terça-feira, 16 de novembro de 2010

Trabalho

Viajei a madrugada inteira, quase não dormi e quando acordei estava com dores nas costas. Tomei chuva vindo pro trabalho.

O lazarento do taxista só demorou 40 minutos pra chegar na rodoviária.

Quinze mil e-mail pra responder, as contas atrasadas do escritório pra enviar pra Porto Alegre, tomei uma mijada do financeiro porque o Ex-estagiário fez ligação pra celular do telefone fixo, a porcaria do caixa desse mês que não bateu.

Cara, trabalho é obrigação. Se fosse lazer, não seria trabalho, seria lazer. Entendeu?

Trabalho é tudo a mesma bosta. Trocando de trabalho, você só troca de problemas. Então se tá ganhando razoavelmente bem, é melhor segurar o cacete. Não dá pra ficar sonhando em gostar de trabalhar. Isso é papo de jornalista da Você S.A.

Jornalista, vocês sabem, não tem a mínima mãe. São todos órfãos.

Acabei com a graça de quem sonhava em encontrar um trabalho que faria você feliz, pode começar a chorar.

Não rola acordar todo dia feliz em ir pro trabalho. Pensar "oba, hoje é segunda, uma nova semana começa!" e pular da cama alegremente. Quer dizer... a não ser que você queira comer/dar pra alguém do trabalho. Aí, sim! Você acorda feliz, cantante, se arruma, coloca aquela roupa nova, se olha no espelho e pensa... "será que é hoje que eu vou comer/dar?"

É mais ou menos assim. Todo trabalho tinha que ter uma peguete em potencial. Uma reivindicação tão legítima e por isso essas merdas desses sindicalistas não brigam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário