quarta-feira, 22 de julho de 2009

Justiça?

Um tempinho atrás tive que ir até o pequenas causas pra depor pois meu vizinho do andar logo abaixo do meu reclamou que estávamos fazendo muito barulho.
Chegamos lá, meu cunhado, minha irmã, meu irmão e eu, o funcionário que iria cuidar do caso deu oi pra todos, disse que podíamos sentar e se sentou também.
Perguntou para o meu vizinho:

Funcionário: Como o Sr. está?
Vizinho: Estou bem.
Funcionário: Eles continuam fazendo barulho?
Vizinho: Infelizmente sim.
Funcionário: É... é preciso haver uma cooperação da vizinhança.

Esperei algum tempinho pensando que ele iria perguntar pra gente se a gente fazia mesmo barulho, engoli em seco o fato de ser ignorado.
Enfim, esperei em vão, ele sequer virou pra olhar nossa expressão indignada.
Começou a ler uma coisa que não me lembro e disse:

Funcionário: Bom, pra não dar prosseguimento no processo a gente pode fazer um acordo.
Eu: Ótimo, eu acho que é isso que todos querem.
Funcionário: Vocês podem pagar um salário mínimo cada um ou fazer três meses de serviço comunitário.
Eu (revoltado): Você tá louco?? Deixa eu ver se entendi, já somos culpados... Porque isso pra mim está sendo pagar. E não é nem justo porque você está do lado dele
Funcionário: Não são culpados, é só pra não dar prosseguimento e eu não estou do lado de ninguém.
Eu: Claro que não... Entrou e perguntou como ele estava e se a gente ainda estava fazendo barulho, depois concordou com ele e não fez nem questão de olhar ou perguntar nada pra gente, tá super certo.
Funcionário: É que ele que está...
Eu: A gente não tem tempo de ficar trabalhando de graça pra vocês não e nem dinheiro pra pagar nada, eu passo o mês com um salário mínimo, e já pagamos demais por certas injustiças que ocorrem todo dia.
Funcionário: Então eu vou dar prosseguimento.
Eu: Ótimo, ele tem que provar né?
Funcionário: Sim.
Eu: Manda ver.

Saindo do pequenas causas:

Eu: Aeee... vamos ser todos presos!
Minha Irmã: Nem brinca Marcelo.
Meu Irmão: Afff.

Minha mãe veio conversar com o vizinho, perguntou se ele podia tirar a queixa e a gente ia mudar de apartamento. Ele tirou e a gente está mudando.

Quando mudarmos quero colocar uma faixa (pode ser amarela como canta o poeta) escrita:

“Tchau amados vizinho, foi um prazer morar num lugar onde até sem ninguém em casa vocês batiam na porta pra reclamar do barulho”. Ass: Kiss my ass!

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