sábado, 15 de agosto de 2009

Arrumar e lembrar

Hoje eu passei um tempo arrumando as pastas todas muito desorganizadas do meu computador, trabalhos da faculdade jogados por todos os lados, filmes pra tudo quanto é canto, músicas, papel de parede, postagens do blog sem pastas próprias, até que cheguei nas fotos.
Como a vida passa rápido, olhando certas fotos que tem “mais de ano”, eu consegui lembrar dos fatos como se fossem ontem, acontece tanta coisa que a gente nem repara.

Olhando as fotos, que são de 2002 pra cá, vi como a vida muda. As pessoas que a gente convive, os amigos vão embora (ou a gente vai embora), novos amigos aparecem, certos amigos ficam, os mais importantes. A gente trabalha em diferentes lugares. Abre mão de coisas que dão e não dão certo. Muda a forma de ver o nosso mundo num piscar de olhos. Ganha uns quilos que não são bem vindos. Continua ouvindo as mesmas músicas. Viajei pra lugares que não conseguia imaginar, ainda mais cético do jeito que eu sou.

Desde 2002 minha vida deu várias reviravoltas. Primeiro fui fazer faculdade em Londrina, um babacão com 18 anos saindo de casa pra estudar, desisti do curso ainda no primeiro ano, voltei pra casa da minha mãe estudei 6 meses e passei no vestibular em Maringá, não sou mais tão babacão, só um babaquinha agora e tô quase terminando ou desistindo desse curso, ainda bem que acaba em meio ano, fiz estágio na prefeitura e no minascred, nas férias de 2007/2008 fui pra Ohio trabalhar num parque aquático, pedi demissão e fui pro Hawaii e acabei prorrogando minhas férias, conheci pessoas maravilhosas lá (brasileiros), voltei.

Nesse meio tempo eu percebo que realmente consegui viver. Quebrei a cara várias vezes e também muita coisa deu certo, tive o coração quebrado por gostar demais de alguém e também já sofreram por minha causa. Tiveram duas copas, em 2002 quando eu fui assistir a final em uma colônia alemã, das 80 pessoas que estavam assistindo o jogo, tinha 3 que torciam pro Brasil e eu era uma delas, e a copa de 2006, a melhor copa de todos os tempos, pouco importa que o Brasil não foi campeão, o legal era matar aula com a galera da faculdade pra assistir os jogos. Fiz a linha Maringá-Londrina 2 vezes por mês durante 2 anos. Morei em 5 lugares diferentes. Tive famílias diferentes em todos esses lugares, Londrina tinha o pessoal da faculdade, Tupi Paulista os amigos dos velhos tempos, Maringá primeiro veio a turma da ACEMA, aquele monte de japonês, e também o pessoal da faculdade, agora, depois que eu voltei dos EUA, a ACEMA fechou o pessoal da faculdade se formou apareceram outros amigos não menos legais. Uma família enorme em Ohio e uns selecionados que foram pro Hawaii viraram irmãos.

Como a Ana Luiza diz: Esse mundo é um c**. Ana Luiza que por sinal também conheci por sorte quando visitei minha prima em Piracicaba, elas moravam juntas e como minha prima tinha aula de manhã e de tarde ela me levava pra todo lugar que tinha que ir em Pira, esse ano ela veio morar em Maringá e do nada quando eu fui jantar na casa da Keli qual cabeça eu vejo pela janela limpando a geladeira? A dela, claro!
Conheci 2 meninas de Maringá em Ohio, Dona Keli e Dona Ana Carolina, uma inclusive, a Ana Carolina, morava no mesmo prédio que minha irmã e a gente não se conhecia. Não é um c**?

Não tenho do que reclamar desses 7 anos. Viajei até cansar de viajar, me ferrei, engordei, passei em 2 vestibulares, comecei a beber cerveja, estudei, namorei, trabalhei, morei na praia, bati o carro, cresceu barba no meu rosto, conheci pessoas que vão ficar pra sempre na memória, aprendi a falar “W. T. F.?”, gastei todo o dinheiro que eu guardei enquanto trabalhava, virei titio precocemente graças a minha irmã, tive alguns desentendimentos com pessoas que eu gosto por coisas idiotas, vi um pombo de uma perna só, fui ao show do Radiohead, vivi a separação dos meus pais e vi meu pai casar de novo, pulei de um penhasco no mar, andei de avião (qualquer coisa deixa pobre feliz, né?), fui no Cirque du Soleil...

Fiz algumas outras coisas que não posso escrever aqui, minha mãe lê o blog, mas se me encontrar na rua pode perguntar que eu conto...

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