Várias coisas pra fazer

Mamãe disse: Se quiser achar emprego tem que acordar cedo.

Fiz o que ela falou, madruguei ontem e acordei era 9 horas.
Chamei minha irmã pra dar uma carona até o centro pra eu fazer umas coisas que ainda precisava fazer, como: Deixar meu currículo numa empresa que precisa de uma pessoa como Eu. Pegar o número do meu PIS e devolver o uniforme do meu último emprego, que é último desde dezembro, passei 4 meses sem vontade de ver o rosto do meu ex-chefe, ele não era nada legal e ainda falava: O Marcelo fala ingrês fruente. Tinha que ir no banco tirar dinheiro que, como é final de mês, já acabou, claro! Fui ver meu saldo e quando fui sacar percebi que na máquina não soltava moedas, que raiva! E como da última vez eu não tinha levado a carteira de trabalho, tive que voltar na agência do trabalhador pra fazer meu cadastro.

Lá fomos nós, Mônica Ter Filhos é Uma Arte e Eu, para o centro.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte na boleia, de repente uma freiada brusca.

Eu: O que foi isso?
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: O sinal fechou do nada.
Eu: Claro! É porque é daqueles semáforos que tem 10 luzes verdes vai descendo uma por uma, deve ter pulado da primeira pra última de uma vez.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Acho até que nem teve o amarelo.
Eu: Menos pontos comigo mulher, espero que dirigir mal não seja genético, senão suas filhas...
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Tá, já entendi.

Esperamos o sinal abrir e minha irmã arranca como se fosse ter a filha naquele momento e precisava chegar no hospital em menos de um minuto.

Eu: Fiota, você pode participar daqueles arrancadões, né?
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Ai, desculpa Má.
Eu: Pelo menos avisa que você vai fazer essas coisas que eu fico preparado.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Foi sem querer.
Eu: Seus pés estão respondendo tudo que você manda?
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Sim.
Eu: Qualquer coisa eu passo pro motorista.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Tá tudo sobre controle.
Eu: E tá assim? Tenho medo quando não estiver tudo sobre controle.

Deixamos o currículo sem maiores problemas.

Fomos devolver os uniformes e pegar o número do PIS e a Dona Mônica Ter Filhos é Uma Arte mal conseguia estacionar o carro.

Eu: Porque uma mulher que está grávida de 8 meses insiste em querer dirigir?
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: É pra treinar.
Eu: Pára, você nem precisa de treino! Tá, deixa eu descer aqui que eu vou lá devolver os uniformes e já volto, procura um lugar pra estacionar certinho.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Tá.

Devolvi, mas o número do PIS a moça do financeiro falou que me enviaria por e-mail porque o livro que ficam essas informações tinha sido mandado pra lembro onde.
Fomos até a agência do trabalhador, peguei a senha 160, estava na 112.
Fomos conversar com um dos cabeças lá pra ver se tinha muitos empregos que precisavam da minha pessoa.
Esse cabeça é marido da ex-chefe da minha irmã.
Batemos um papo descontraído e ele falou que ia me ajudar. Ótimo! Ele pega uma folha de papel na mão e começa a contar:

Ele: Um, dois, três... 15!
Eu: O que é isso?
Ele: Foram 15 entrevistas e a moça disse que nenhum se encaixa no perfil.
Eu: Perfil pra que?
Ele: Montar bicicleta, é mole? Essa mulher só pode estar brincando comigo. Todos eles tinham mãos, já basta.
(Risos)
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Tá vendo, até pra montar bicicleta tem que ter perfil.
Eu: "Puis é!"

Fui esperar minha senha, estava próxima da 135 quando terminamos de conversar com o cabeça.
Uma atendente bem bonita estava indo almoçar, eu falei:

Eu: Moco, quero ser atendido por aquela mocinha.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Porque?
Eu: Ela é bonita!
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Afff.
Eu: É verdade, vou ser atendido por ela, se alguém me chamar eu falo que estou esperando pra ser atendido por ela.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Tá, tá!

A mocinha volta do almoço (que são só 15 minutos), estava na senha 157.

Eu: Falei.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Oi?
Eu: A mocinha voltou pra me atender.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: É!

Ela enrolou, 158, guardou a bolsa, 159, se sentou e apertou a senha, 160!

Eu: Eu tinha avisado você.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: É muito rabo.

Vou todo sorridente até o guichê e:

Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Idiota!
Eu: Não é assim que se fala com um ser superior.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Você gastou seu desejo do dia querendo ser atendido por essa moça, devia ter pedido pra ganhar na loteria.
Eu: Dinheiro não é tudo.
Mônica Ter Filhos é Uma Arte: Ser pobre é bem mais legal, né?
Eu: Não, ser pobre e ter duas filhas é bem mais legal. Minha felicidade ainda não está completa.

Eloise (bonito nome, né?), era loira, por volta de 1,60m, tinha os olhos de peixe e eram castanhos, mãos pequenas e bonitas, pescoço lindo e sorriso bonito apesar da boca pequena, bumbum redondinho, só faltava ela ter um pouquinho mais de peito. Nada fora do normal, uma moça comum? Não! Ela era meio perdida e tinha voz rouca. Me conquistou.
Fez meu cadastro, falou que a senha iria ser mandada no meu e-mail e qualquer problema eu podia falar direto com ela.
Pois aconteceu, a senha não chegou e verei ela de novo. A vida é mesmo bela, a natureza é linda, os pássaros voam, o sol brilha, a água é molhada.

Hoje vou na UEM e depois ver a mocinha.
Chegarei lá e falarei: Coração, a senha não chegou no meu e-mail, você pode me passar uma nova senha e também seu telefone?
Claro que não farei isso, tenho vergonha e meu coração é de uma mulher só, ela demorou demais para aparecer na minha vida. Tadinha, não sabe o que perdeu...

...menos um gordo na vida dela.

Fui almoçar com a Mônica Ter Filhos é Uma Arte, será o meu próximo post.

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Temos uma nova colaboradora no blog, Ana Luíza.