Pesadelo

Minha mãe estava morando em São Paulo, eu estava indo visitá-la, tinha acabado de descer na rodoviária da Barra Funda, mamãe já estava me esperando e, uma coisa que me incomodava, não havia mais ninguém na rodoviária, só minha mãe.
Mamãe me puxou pelo braço até entrarmos no carro, quando ela disse:

- Marcelo, só olhe pra frente, não olhe para os lados.

Foi como se ela implorasse: Olhe para os lados! E eu olhei. Havia uma pessoa matando milhares de outras, uma coisa meio Kill Bill. Quando a pessoa percebeu que estávamos escapando ela deu um assobio para chamar crocodilos assassinos que conseguiam (não sei como) correr tanto quanto nosso carro. Pior que isso, pessoas pelo caminho eram trucidadas por esses crocodilos, caíam pelo chão sem braços, pernas, cabeças.

O sonho era em branco e preto e tinha vermelho do sangue. Na verdade era VERMELHO e um pouquinho de branco e preto.

Chegamos até um abrigo, a cidade estava um caos. O medo estava instaurado, sabíamos que em pouco tempo o assassino chegaria com seus crocodilos e todos estávamos condenados a morte.

Faltavam poucos metros quando o assassino deu outro assobio pra que os crocodilos fossem na frente matando geral. Eu estava em uma janela olhando eles chegarem, um crocodilo que vinha correndo deu um pulo em direção a janela onde eu estava, ia abrindo a boca para me arrancar minha cabeça (ou qualquer coisa que conseguisse morder). Tolo! Acordei e ninguém mais morreu.