sábado, 25 de abril de 2009

O “quase”!

A casa deles não era perfeita. mas era quase.
O quarto não era perfeito. mas era quase.
O banheiro não era perfeito. mas era quase.
A decoração não era perfeita. mas era quase.
A cozinha não era perfeita. mas era quase.

Mas um dia eles se separaram. cada um para um lado.

Porque ele não achava ela perfeita.
E ela achava ele quase.

Estava indo pra faculdade como faço (quase) toda manhã e de repente um passarinho lança um daqueles que são quase certeiros, se eu estivesse um passo à frente seria na minha cabeça a merda! Olhei aquilo e pensei: “Essa foi quase!”. Após as aulas eu fui falar com minha orientadora, ela tinha saído fazia poucos minutos e lá estava o “quase” de novo, pois, quase consegui encontrar ela. Acho que cada um de nós tem várias histórias de “quase” alguma coisa, não?
Eu, por exemplo, quase morri uma vez em um acidente de bicicleta quando eu tinha 10 anos. Minha bicicleta não tinha freios e eu bati em um carro, tive parada cardiorrespiratória e só não morri porque no momento do acidente um médico estava atravessando a rua e fez eu voltar a respirar.
O quase é o maior estraga prazeres, o beijo que você quase deu, o gol que quase fez, a aposta que quase ganhou. Um centésimo, uma curva, uma polegada, um número. Pequenas coisas que passariam despercebidas para qualquer um, menos para aqueles que amargaram o “quase”. Os que quase foram salvos numa guerra morreram, os que quase voltaram continuam lá, os que quase passaram de ano estudarão na mesma série no ano seguinte, quase certo está errado.
Imagine você e sua grande empresa, alguém lhe apresenta um produto que será um “quase” sucesso, você aceitaria fabricá-lo?
O “quase” sempre apronta das suas, acho o “quase” um advérbio muito sacana!
Em 15 de janeiro de 1985 um tal Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil pelo Colégio Eleitoral mas adoeceu gravemente as vésperas da posse e morreu sem ter sido empossado. Um quase presidente!
Ano passado tivemos um Felipe Massa quase campeão.
E o que dizer de nossa incrível Marta Rocha? Quase Miss Universo por causa de uma polegada a mais lá na, bem, lá!
O “quase” é de tirar o sono, é cruel. De que adianta você jogar na loteria e perder por um número? Perder o ônibus porque chegou 1 minuto atrasado no ponto? Não conseguir uma vaga de emprego porque você “quase” tem o perfil que a empresa gostaria? Deve doer, não?

Mas é claro, existem os “quases” que vem para o bem. Como os casos de pessoas que deveriam estar em voos que caíram e perderam a viagem por questão de minutos, ou quando você decide mudar sua rota costumeira e acaba se livrando de um assalto. Esses “quases” até que são uma mão na roda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário